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UTOPIA

“Utopia
ia
ia…
Ser feliz
ia…
Ser nós dois
ia…
Ser
ia…
É a utopia.”

Flagra

Me peguei no flagra. Estava cheirando a roupa que guardava seu perfume, que ficou grudado depois daquele abraço. Abraço esse, maravilhoso. Recordava nossos últimos beijos, os sorrisos, os olhares contidos de palavras. Imaginava um futuro, e lá meu bem, tinha um lugar pra gente se amar. Me peguei no flagra… E sorri. Porque nunca imaginei que sonharia novamente!

Desigual

Eu não sei o que dizer, mas longe de você é meu pior castigo
Mas perto de você, e sem poder te ter, é pior que um abismo
Te beijar, te abraçar, te tocar, mas saber que isso não vai durar
faz meu coração se machucar. Então começo a lembrar que mais tarde
outra mulher vai tentar te beijar como te beijei, te tocar como te toquei
e apesar de saber que ela nunca vai conseguir porque nunca vai fluir como
em nós fluiu, isso me tira do sério.
Mas se eu voltar pra você, eu vou te perder
Se eu não voltar pra você, eu não vou te ter
E se eu apenas ficar com você, eu não vou te prender
Que cisma. Te amando ou te odiando você sempre está em meus pensamentos e isso me deixa louca, rouca de tanto falar seu nome.
A verdade é que eu só queria caminhar sem me lembrar dos nossos momentos,
sem querer te seguir. O que eu queria mesmo era fugir, sumir, ruir, correr, morrer e nunca mais te ver
quem sabe assim, eu paro pra pensar em mim.

O adeus

Um dia, um adeus
e tudo ficou assim, sem brilho
perdido
o que houve?
só você dava a minha vida direção
e de repente
me vi indo a um lugar desconhecido
que você mesmo me encaminhou
Um dia, um adeus
e eu fui embora, e você nada fez
não se importou,
não me ligou
e tudo ficou assim
desigual
desbotado
você era minha certeza
e agora estou presa
num mar de incertezas
ando perdida
querendo encontrar você
em outro alguém
querendo encontrar o amor
que te solicitei
mas olha agora como fiquei
Um dia, um adeus…
Um adeus…
Pra sempre, um adeus…

Tempos de criança

Saudades do meu tempo de criança. Que a única dor, seria dor de barriga. Que as lágrimas, seriam de manha. Que o amor, seria apenas minha mãe. Que o temor, seria do bicho papão. Não havia nada com que me preocupar, apenas brincava, comia e dormia. Mas criança é boba, quer crescer, e não sabe que crescer dói. Que as dores são inúmeras. Que as lágrimas não secam. Que o amor… Amor? Que amor? vamos falar então de temor. Temor do amor, do futuro, dos pensamentos, das dúvidas, de si própio. As responsabilidades cosomem. O tempo destrói. O silêncio corrói. O que há de atrativo em crescer? Bom mesmo é ser criança. Porque criança, tem esperança.

Lágrimas de medo

Lágrimas…

de dor

de medo.

Minha alma está envelhecida,

sofro uma dor

inexplicável

inexpressível

inextinguível

uma dor entre desacreditar

e precisar acreditar,

entre o medo de amar

e o medo de viver só.

A vida sozinha é triste

sem ninguém pra compartilhar

um sorriso

uma lágrima

uma alegria

um tristeza.

Mas com terei alguém?

se tenho medo do amor,

se com o tempo tudo se acaba

tudo se vai.

O que farei?

Como sobreviverei?

Sonho x realidade

Entre o sonho e a realidade. O que escolherei? Sonho de um amor perfeito, um amor que me conquiste todos os dias, que com o passar do tempo, tudo fique mais belo, mais forte, um amor pra vida toda, sem esmorecer, sem se envaidecer. Entre o sonho e a realidade. O que escolherei? Realidade de um amor que fará promessas, que abraçará, beijará e fará sorrir, mas com o passar do tempo, tudo vai se tornar comum. Os braços que abraçaram, afastarão. Os lábios que beijaram, dirá coisas que não gostarias de ouvir. O que fez sorrir, fará então chorar. Entre o sonho e a realidade. O que escolherei? O sonho é apenas um sonho. Contos de fadas não existem. Alguém me diria: escolhe a realidade, pelo menos tem o sabor de existir. Entre o sonho e a realidade. O que escolherei? Escolho então a solidão. Porque este sonho não é real, e o real é belo apenas por um tempo, e se não é pra ser pra sempre então prefiro não ser de ninguém. Ser minha, somente minha…

Desalinhada

Desacreditar. Nem sempre é tão fácil confiar no amor, em carinhos, em abraços. Porque na verdade tudo um dia se vai, e se não vai, fica sem brilho, sem magia. Quando me tornei essa pessoa? Nem sempre fui assim, tão fria, tão triste, mas o tempo acabou comigo. Que cismas tempo? Porque insistes em me destruir, em me perseguir? Permita-me ser feliz sem destruir tudo que há de bom, sem alterar a ordem das coisas, sem me deixar assim… tão desalinhada.

Desabafo

Morro de medo do tempo. Tempo que tudo destrói, tempo que muda as coisas de lugar. O que era encantador e belo, com o tempo se transforma tudo em clichê e sem graça. Tenho medo de amar e com o tempo tudo mudar, tudo se acabar. Deveria ser o oposto, com o tempo, as coisas deveriam ficar mais sólidas, mais fortes. Os relacionamentos deverim amadurecer ao invés de envelhecer. Na verdade, eu menti. Eu não morro de medo, eu fico apavorada, desesperada só de pensar nesse tal de “tempo”. Se alguém encontrou um veneno anti-monotonia me digam por favor, porque não consigo mais crer em nada. Se me disserem que me amam ou que gostam de mim, eu vou rir, porque exatamente nesse momento, vou pensar: por enquanto, pois quando o tempo passar esse conceito vai mudar. Pareço carregar um elefante nas costas, tô cansada, atemorizada. A resposta talvez esteja no post abaixo, mas infelizmente isso não me acalma. Só espero que um dia, tudo isto não tenha mais espaço em meu coração.

Não é o tempo

Certo dia me perguntei: Poque o tempo destrói tudo? destrói relacionamentos, destrói o amor, destrói a amizade e nada sobrevive a ele. Vejo agora que esse pensamento é errôneo, que na verdade, somos nós mesmos que destruimos e não há nada mais triste do que saber que somos nossos piores inimigos. Não adianta pôr a culpa no tempo ou em qualquer outra coisa, quando na verdade somos nós mesmos que deixamos de contemplar o simples e o belo. Deixamos de andar em arco-íris, deixamos de abraçar nuvens e perdemos a nossa essência em nossas atividades. Então nossas vidas são presas num barbante e somos nós mesmos quem damos os nós. Por que os seres humanos são assim? Porque querem o tudo e depois sobrecarregados querem o nada? Porque as pessoas estão sempre insatisfeitas? Respostas? não as tenho. Mas quanto a mim, vejo tudo mais claro agora. Eu só quero amor e gargalhadas. Andar na chuva, fazer coisas de criança, poder contemplar o nascer e o pôr do sol, poder admirar as coisas mais singelas que Deus criou pois são nelas que vejo reflexos da glória de Deus e isso me enche de vida e de vontade de lutar contra rotina e contra meu “eu inimigo” que insiste em destruir as coisas.

Então meu conselho é: Sorria. O sorriso cura uma infinidade de males. Pare de existir e viva! mas viva as coisas mais simples pois são as mais belas.